segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Medo



Medo, muito medo
Eu tenho medo
Medo de fracassar
Medo da depressão
Medo da opressão
Medo da loucura
Medo do passado
Medo do presente
Medo do futuro
Medo da arrogância
Medo da falsidade
Medo dos donos da verdade
Medo dos outros
Medo de mim
Medo da vida
Medo do medo
Medo do mundo
Medo de tudo
Eu tenho medo, muito medo
Sou homem, de carne e osso
Sou, por isso, imperfeito
Como objeto, ou como sujeito
Por isso, confesso: tenho medo
Não nego nem faço segredo
Ai, que medo!...

domingo, 4 de janeiro de 2015

Mensagem de aniversário ao meu filho Douglas



Douglas Monteiro, meu filho amado:


Hoje, 4 de janeiro de 2015, você está no berço, completa mais um ano de vida, em nossas vidas! Parabéns, meu filho! Pena que a distância física me impeça o abraço paterno tão merecido do dia hoje: estou em Marabá e você está em Bragança, neste nosso Pará de dimensões continentais. Sinta-se, contudo, abraçado, meu filho. Receba-o da pessoa do Samuel, seu irmãozinho que tanto o admira, e da Câmelha Pereira Santos Souza, sua madrasta, que aí estão para o tratamento da saúde dela e me representarão neste ato. Também a dona Maria José Brito Correia, sua mãezinha querida, o fará. A Lene, sua amada mulher, e a Noelma, Noângela e Neumária, suas irmãs biológicas, também o farão.

Você é um homem bom e tem muitas qualidades, dentre elas a profunda bondade e humildade, que – tenho convicção absoluta – herda de sua mãe, Maria José Brito Correia, uma das pessoas mais humildes e bondosas com quem tive até hoje a oportunidade de conviver. Continue assim, meu filho. Continue, porque a bondade e a humildade sempre haverão de abrir portas na sua vida.

Ah, meu filho, ocasiões como esta são sempre oportunas para o agradecimento e o pedido de perdão. Quero, pois, agradecer a Deus pela dádiva da sua vida em nossas vidas, meu filho, mas quero também lhe pedir perdão pelos erros que cometi em relação a sua pessoa, ao longo de sua criação. Ah, meu filho, eu sei que errei tanto! Sim, eu errei muito. Saiba, contudo, que jamais o fiz propositadamente, todos os erros cometidos por mim foram na intenção paterna e amorosa de acertar. Perdão, meu filho! Perdão.

Mais uma vez, parabéns, meu filho! “A dor da nossa distância forçada vai estar sempre comigo”, para citar Bráulia Ribeiro, digo expressando a minha dor e saudade impostas pela separação física. “O SENHOR te abençoe e te guarde” (Nm 6.24), digo abençoando-o! Sim, o SENHOR abençoe e guarde você sempre!

Hoje você completa 28 anos de vida. Que bom! Vá, meu filho, siga sua vida, errando como homem, pois todo homem erra, mas, a despeito disso, buscando sempre o caminho da lealdade e da retidão. Nunca se esqueça disso, meu filho. E que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, amor e bondade, o conduza no seu caminho eterno, como diz a sua bendita Palavra!

Ab imo pectore, ab imo corde,


Seu pai.