quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Falando de flores



Hoje acordei pensando nas flores. E, como estou de folga pelo recesso parlamentar, já enviei flores simbolicamente a algumas amigas do Facebook, graças ao avanço, não raro assombroso, da ciência e da tecnologia, que nos permite virtualmente estar em vários lugares ao mesmo tempo. Quase a ubiquidade. Amo isso!  As flores embelezam a vida e a tecnologia nos permite enviá-las simbolicamente às pessoas que amamos, a quem admiramos, a quem queremos bem.

Enviei por isso, a começar pela Câmelha, minha mulher, (o nome dela no Facebook é Camelha Pereira Santos Souza, sem o acento gráfico), esta mensagem, que escrevi ab imo corde, do fundo do coração: “Uma rosa, uma linda e cheirosa flor, para você no dia de hoje!” Aceitem, pois, é de coração. Há  uma frase linda e muito conhecida de Antoine de Saint-Exupéry, no livro O Pequeno Príncipe, que diz: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Eu acredito nisso.

“Qual o proveito das flores postas somente sobre o caixão? Têm mais valor as que são dadas em vida.” Essa frase – melhor dizendo, esse período gramatical –, slogan do meu site de escritor Recanto Literário (www.valdinar.com), é de uma das minhas crônicas, de cujo título no momento não me lembro. Sim, não me lembro, é verdade, do nome da crônica no momento, mas pouco importa, representa realmente o que penso e vivo.

Romântico, admirador da vida e de tudo que é belo, a despeito de também ser zangadão (quando é preciso esculachar e posso fazê-lo, eu o faço mesmo), não poderia deixar de amar as flores, a poesia, a arte, a literatura. Quando morava em Xinguara, na Rua Barão do Branco, numa casinha feia construída de madeira e já envelhecida, cultivava lindos pés de rosas na frente da casa. Assim, quando a Câmelha, nos anos 1990, antes de ser minha mulher, era minha secretária, eu levava uma rosa para ela quase todos os dias, a qual ela, agradecida, punha em uma xícara com água sobre a mesa de trabalho.

O tempo foi passando e – como cremos, eu e ela, que professamos a mesma fé –, por ter sido traçado pelo Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, começamos a namorar, ficamos noivos e nos casamos. Mudamo-nos de casa e depois de cidade. Nunca mais, até o momento, tive um pé de rosas, mas, sempre que posso, trago para ela uma linda flor. A vida é curta demais. É preciso viver intensamente cada minuto, porque um deles será o derradeiro e não sabemos qual é. Eu creio nisso. Bom dia!

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