terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Dia do Maçom e a Liberdade



Hoje, 20 de agosto, comemora-se no Brasil o Dia do Maçom (o Dia Internacional do Maçom é comemorado em 22 de fevereiro). A comemoração do Dia do Maçom em 20 de agosto está relacionada com a proclamação da independência do Brasil, embora a pesquisa histórica mais aprofundada diga que a data correta é 9 de setembro e não 20 de agosto. Isso tem, contudo, apenas relevância histórica, pois já se consagrou comemorar em 20 de agosto.

Muito bem. Sou maçom, para ser exato, mestre maçom. Acredito nos ensinamentos da Ordem Maçônica e tenho, por isso, a obrigação irrecusável de pautar minha vida, no meio maçônico e fora dele, pelos princípios, dogmas e doutrinas que nos são transmitidos com o fim de combater a ignorância em todas as suas formas, o obscurantismo, o preconceito, o vício, a mentira, o fanatismo e a superstição.

 A Maçonaria tem por causa a verdade, a liberdade e a luz moral, e ensina que o Grande Arquiteto do Universo – Deus, para nós cristãos –, deu a liberdade ao homem como o mais precioso dos bens, o patrimônio inalienável da humanidade, a cintilação celeste que nenhum poder tem o direito de obscurecer ou apagar e a fonte de todos os sentimentos de honra e dignidade. Não é segredo, está escrito em nossos rituais e, de forma indelével, gravado em nossa mente, para ser seguido, ensinado e defendido.

 O maçom jamais poderá transigir acerca da liberdade própria ou de outrem, pois seria abjurar da honra do grau, submeter-se à mais grave mutilação psicológica e renunciar, covarde e abjetamente, à condição de iniciado nos mistérios da sublime Ordem. Nenhum interesse político, religioso, econômico, financeiro ou de qualquer outra espécie deverá conspurcar a atuação do maçom, levando-o a transigir com quem atenta contra a liberdade.

Não pode o maçom aceder a qualquer tipo de superstição ou fanatismo, esteja em jogo o interesse que estiver, político, religioso, econômico, financeiro ou de qualquer outra espécie, pois o fanático e o supersticioso não são livres. A Maçonaria não combina com opressão, pois, como Escola de Moral, ensina que a liberdade é a fonte de todos os sentimentos de honra e de dignidade. Um ser humano sem honra e sem dignidade é um ser humano morto, a saber, um cadáver.

No Brasil, está escrito no artigo 5.º, inciso II, da Constituição que ninguém será obrigado a fazer ou deixar alguma coisa, senão em virtude da lei. É réu de juízo, sujeito a processo, julgamento e condenação, quem, a qualquer título, seja pessoa física ou jurídica, por abuso de direito e atentado contra a liberdade, submeter alguém a vexame causando-lhe dano, ainda que exclusivamente moral, por mais poderosa que seja a pessoa infratora.

A Maçonaria tem por lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A Constituição da República Federativa do Brasil é, pois, desse ponto de vista, um documento maçônico, porque, invocando a proteção de Deus, proclama já no preâmbulo a liberdade, a igualdade e a fraternidade.