sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma tímida notinha



Está certo: o jornal publica o que quer publicar, ou, mais precisamente, o que tem algum valor e pode despertar o interesse do leitor. Isso não se discute, ou, pelo menos, não se deveria discutir. Mas, ainda assim, não entendi. Sinceramente, não entendi o porquê de o CORREIO DO TOCANTINS haver publicado apenas uma notinha muita tímida sobre as honrarias outorgadas na mais recente sessão solene da Câmara Municipal de Marabá, dia 15 de fevereiro de 2011.

Puxa, vida! Afora a meia página com o deputado federal homenageado Wandenkolk Pasteur Gonçalves e o vereador homenageante Nagib Mutran Neto, saiu apenas uma notinha muito tímida (Caderno 1, página 8, e Caderno 3, página 1, respectivamente).

Estranhei, sinceramente. Para o deputado, em forma de anúncio publicitário, meia página. Para o evento como um todo (a sessão solene em si e os 32 homenageados), apenas isto: “A Câmara Municipal de Marabá iniciou seus trabalhos legislativos de 2011 nesta terça-feira e, logo de cara, homenageou 32 personalidades com títulos de Cidadania e de Honra ao Mérito.”

Não quero que pensem (e muito menos digam) que minha crônica de reclamação seja apenas porque recebi o título de Cidadão Marabaense e não falaram de mim. É verdade: recebi o título e teria ficado feliz se houvesse sido citado. Mas, de fato, não é só por isso. Caramba! Fiz-me uma série de indagações e fiquei deveras preocupado porque não consegui responder a nem uma delas.

Algumas delas, apenas para exemplificar. Pelo visto, a matéria do deputado foi paga. Tudo bem, nada contra (nem a favor, indiferente). Mas, dentre as 32 personalidades homenageadas, o jornal não encontrou nem uma que julgasse merecedora de algum realce? A escolha dos homenageados pelo Poder Legislativo foi tão desprezível assim? E, se a matéria do deputado não foi paga, por que apenas ele? Claro, deputado é deputado, mas... convenhamos. E a sessão toda em si mesma nada teve que merecesse algumas linhas, algumas considerações, além da tímida notinha? E por aí vão, indagações e mais indagações.

Sem mágoa, mas encabulado, encafifado. Não deu, realmente, para eu entender o que aconteceu. Não somente como homenageado daquela sessão solene,  mas, principalmente, como cronista e cidadão comum, gostaria de entender o que aconteceu.

Ah!... Já sei! Aliás, ainda não me caiu completamente a ficha, mas será que aquele “logo de cara”, da notinha tímida da página 1 do Caderno 3, quer dizer alguma coisa? O que, então? Sei lá!...

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